• Paulo Freire entrevistado no programa 'Matéria Prima' da TV Cultura
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    Em primeiro lugar que o meu tempo de exílio foi um tempo de intensa aprendizagem, quer dizer eu aprendi muito durante o exílio, mas não é fácil, é uma aprendizagem difícil porque é uma aprendizagem que você faz longe da sua realidade, do seu contexto, longe de sua família de seus amigos, do cheiro do chão, da cor das nuvens, o gosto da comida e não é fácil a gente aguentar essa saudade, mas eu aprendi desde muito cedo no exílio uma coisa fundamental que não é possível fazer juízos de valor para culturas. Cultura você entende, você procura entender, perceber a diferença entre a forma de estar sendo do chileno e a nossa de brasileiro, do genebrino onde morei também, dos Estados Unidos, mas não cabe a gente dizer no Brasil isso é melhor do que aqui, não dá, é simplesmente diferente, não é melhor nem pior.
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