• Palestra de Paulo Freire no Banco Central
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    Essa capacidade misteriosa que a prática educativa tem de transcendê-la a si própria se chama diretividade da educação. Veja bem, diretividade aqui não tem a ver com dirigismo. Dirigismo é uma perturbação da prática educativa em que a autoridade se degenera em autoritarismo, isso é o que é dirigismo. Mas estou falando aqui em diretividade que é um conceito técnico no campo da filosofia da educação para entender essa transcendência da educação, o que a educação faz ou implica de si mesma. No fundo o sonho e a utopia de que a prática educativa se impregna constitui o que eu chamo de politicidade da prática educativa. Quer dizer, não a prática educativa, nunca houve, não há no momento e até o começo do outro milênio não vai haver depois, talvez, porque eu não sou o dono da história. Mas para que a prática educativa deixe de ser política é preciso que as mulheres e os homens se transformem na história, a tal ponto que o processo de conhecer mude não seja mais o que estar sendo hoje e que o processo de valorar também mude. Quer dizer, que mude ética, que mude tudo e essas coisas mudanças significa milênios também.
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