• Paulo Freire: educação e mudança
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    A gente tem que entender essa timidez, essa inibição, esse sentimento de vergonha, mesmo que a responsabilidade seja da sociedade e não do analfabeto. Os analfabetos não tem culpa nenhuma, mas se todos eles e todas elas funcionassem na sociedade com a clareza com que eu digo agora que a culpa não é deles, aí já não haveria analfabetos, porque eles teriam brigado contra isso há muito tempo. Então, uma das tarefas do educador, do alfabetizador, é exatamente a de ajudar o alfabetizando, assumindo-se como analfabeto, sabendo, porém, que a culpa é social e não dele, que o fracasso não é dele, o fracasso é de uma sociedade perversa, que é a nossa. Então, é possível que, a partir daí, ao descobrir que a perversidade da sociedade é que é culpada, pelo fato de ele não saber ler, que ele se prepare, amadurecendo, para superar o que haja também de inibidor no processo de alfabetizar-se.
  • Reading the World
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    Às vezes ensinamos os estudantes como ler textos, mas nós nunca ensinamos como ler as palavras. É impossível ensinar como ler textos sem relaciona-los com o contexto. É impossível, como eu sempre digo: ‘Ler palavras sem ler o mundo’. Isso é necessário, convidar, desafiar os estudantes, desde quanto eles são crianças, para começar a olhar para a realidade e quando falo sobre o mundo eu não estou falando exclusivamente sobre natureza, mas sobre estruturas sociais, políticas, culturais. Nós temos o dever de entender um mais ou menos, para sobrevivermos a sociedade, e acima de tudo, para mudar a sociedade.
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