• Alfabetização – Globo Ciência (Programa 281)
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    [Entrevistadora]: É possível resolver o problema do analfabetismo sem ter resolvido o problema da escola formal?[Paulo Freire]: A tua pergunta tem um sentido muito concreto porque não resulta positivamente que o Estado desempenhe um papel ou o faça, por mais amorosamente que faça o esforço fantástico de tentar superar o analfabetismo no Brasil, adulto, se ao mesmo tempo não parte para resolver esse déficit da quantidade, da educação no Brasil. De maneira que uma política educacional no Brasil teria que simultaneamente de um lado, partir para a formação de oito milhões a nove milhões de novos professores, segundo para a reformação ou para formação permanente de uma quantidade extraordinária de educadores chamados leigos pelo nordeste brasileiro. O que vale dizer também teria que pagar menos imoralmente a estes professores. Quer dizer é preciso então de um lado atacar o problema da deficiência da escola para as crianças, no sentido de evitar o crescente número de analfabetos jovens e depois adultos e do outro pegar os jovens e adultos de hoje, a quem se negou o direito de ler e escrever, e trabalhar com eles.
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