• Aprendendo didática com Paulo Freire
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    A necessidade crítica que tem a educadora de não pensar jamais que a sala onde ela está é assim uma espécie de gueto em relação ao resto do mundo, entende? Não é. Quer dizer, o que está ocorrendo ali naquela sala tem ramificações com algo que ocorreu fora daquela sala e tem que ver com algo que vai ocorrer depois daquele tempo e fora daquele espaço. Significa então, por isso para mim, que não é possível que a professora se despreocupe, por exemplo, com as condições materiais, culturais, de classe social de seus alunos. Quando ela está trabalhando com eles, por exemplo, substantivos, ou ilhas, ou seja lá o que for, matemática, quer dizer, é preciso que ela também se preocupe com o que pode ocorrer com apreensão por parte dos alunos daqueles objetos, daqueles conteúdos que fazem parte da sua programação.
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