• Entrevista de Paulo Freire concedida a Eitan Bronstein
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    Para mim, não há prática nenhuma sem a avaliação dela; isso não é possível. Então, a prática escolar, que é a prática do educador e do educando precisa ser avaliada então essa é a tese fundamental. Dar notas é uma expressão da avaliação apenas, é uma forma da avaliação, ‘mas é uma forma coerente? ’ Eu diria depende. O que acho em primeiro lugar se você tirar o conceito de nota 4, 3, 2 e puser A, B ou C é a mesma coisa. O que não é possível para mim é deixar de atribuir alguma agradação. Para mim é fundamental é diminuir o arbítrio do professor, o poder do professor, mas não negar a necessidade de uma certa valoração com relação à prática do educando, porque se não tanto tem êxito o que fez quanto o que não fez. Quer dizer, não é justo que você tenha um estudante que no semestre produziu tanto quanto ele pode e que seja nivelado da mesma forma como o estudante que faltou seis aulas e que não produziu nada é injusto isso. Qual é a maneira justa que você tem de reprovar ou aprovar? Existe isso, tá entendendo. É preciso haver, em primeiro lugar, a avaliação da prática é indispensável e em segundo lugar o que precisa é democratizar a avaliação como prática. Você pode ter vários caminhos você pode ter uma democratização da avaliação em que você como professor discute com os educandos a melhor maneira ou as melhores maneiras as mais objetivas nunca demasiada fixa que pode, portanto, mudar. A melhor maneira ou as melhores maneiras de você avaliar o trabalho seu e dos alunos.
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