• Entrevista de Paulo Freire concedida à Carmelita e Mariângela Wanderlei
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    Mas não há dúvida nenhuma que há uma enorme contribuição por parte delas, dessas primeiras assistentes sociais, que iniciaram a curiosidade nessa faixa. E desde aquela época, enquanto esses estudantes de nível superior em outros setores da universidade não tinham nada que ver com a prática, as assistentes sociais, exatamente por causa dos chamados trabalhos de campo, já estavam sendo levadas à prática. Então elas iam para áreas populares, para os montões, os portos do Recife, fazer os seus estágios em certas agências locais. Quer dizer, essa coisa enquanto os estudantes de Medicina continuavam dentro das suas faculdades cortando cadáveres para estudar sua anatomia, enquanto os estudantes de Sociologia estavam memorizando textos de uma teoria, de A e de B e de C, as assistentes sociais com toda ingenuidade que houvesse já estavam fazendo seus estágios lá nas áreas populares e isso teria necessariamente que despertar a consciência das assistentes sociais para dar o salto de uma visão mais ingênua da realidade social até uma visão mais crítica dessa realidade. E creio que hoje em dia, inclusive, os escudos de uma imagem, aproximadamente, Marxista, por exemplo. De quem começou a perder o medo que havia por ter me dado uma contribuição enorme a uma criticidade do serviço social do Marxismo.
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