• Palestra e entrevista com Paulo Freire realizada no CEFOR
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    O que é fundamentalmente pesquisar? O que é também agir? pesquisar é buscar, é procurar, é uma ação, é um agir em que quem procura aprende também ao procurar. Porque veja bem procurar é algo importante e fundamental, por isso procurar implica algo que vai se aprendendo com o processo mesmo de procurar. Quer dizer, procurar implica por exemplo ter uma certa ideia prévia do que se procura. Eu não posso procurar nada, a não ser que o nada vire objeto de minha procura, quer dizer, eu estou procurando o nada para saber o que é que a negação de coisas significa, aí eu posso procurar o nada, mas o que eu não posso é procurar nada. Quer dizer, por isso mesmo que o verbo procurar é um verbo que só se satisfaz quando a ação dele se despeja sobre um certo objeto, que é um objeto da procura. Em segundo lugar, procurar ter ideia do que fazer com o objeto em que se procura, quer dizer, como procurar também implica uma certa clareza em torno de para que eu procuro esta coisa e procurar implica também em aprender a procurar. Quer dizer, aprender a procurar envolve o próprio método de procurar, quer dizer, o agir procurar implica metodologia. Quer dizer implica um certo caminho. De maneira geral a vários caminhos através dos quais você pode procurar e você tem que escolher o caminho que você acha mais conveniente para dar a você o resultado da sua ação de procurar, mas procurar também implica uma certa consciência que vai ficando clara de com quem você procura e também procurar significa a favor de quem você quer acha alguma coisa, portanto, contra quem e a favor de que sonho você está envolvida para procurar. Isso tudo põe muito claro que não é procurar sem conhecer. Quer dizer, o ato da procura, o ato da busca, da pesquisa em si provoca conhecimento e necessita de que quem procura conheça e saiba procurar. Ora, eu acho que essa reflexão inicial deixa muito clara diante de nós que a pesquisa envolve curiosidade.
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    Do ponto de vista do seu achado e do ponto de vista do seu próprio método a busca joga com dois aspectos que muita gente pensou que poderiam ser tratados, feitos ou vividos de formas diferentes, mas que na verdade não podem ser separados que são: de um lado o aspecto da quantidade e do outro o aspecto da qualidade. Quer dizer, a pesquisa não pode ser apenas quantitativa não pode ser medida apenas estatisticamente, quer dizer, o método quantitativo não satisfaz nem esgota toda a pesquisa toda a curiosidade humana, a curiosidade humana não pode estar submetida a centímetros. Você já imaginou se a gente pudesse se perguntar um dia nas escolas no fim do ano quantos quilos de conhecimento as crianças dessa classe conseguiram, quantos metros de saber no campo da biologia? A professora para medir pegaria uma maquininha para fazer as contas e diria os meninos daqui conseguiram um pouquinho menos que as outras eles conseguiram 22m e 22cm de saber. Minha nossa senhora, não pode. Mas por outro lado a pesquisa envolve também uma certa medição uma certa quantificação, mas o que importa em certo tipo de pesquisa, sobretudo, a qualidade que a pesquisa dá com relação a clareza, por exemplo, com que o grupo e eu agora de propósito não direi o grupo pesquisado, mas o grupo sujeito da própria pesquisa sua revelou.
  • Entrevista na casa de Paulo Freire com Alma Flor Ada
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    Então, eu acho que há o ponto o qual o pesquisador deveria ter explanado, é que se todo tipo de pesquisa tem algo a ver com a educação, a metodologia é participação faz com que o pesquisador use atividades educacionais, ao mesmo tempo, esse tipo de aproximação acaba sendo também que todo tipo de atividade educacional é também pesquisa.
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    Primeiro de tudo, eu acho que nós deveríamos entender que os números, as estatísticas, sozinhos não representam a realidade, em outras palavras, a realidade é algo mais dinâmica, mais vivo, mais contraditório. Eu acho que sendo algo tão dinâmico, realidade mesmo assim, não rejeita numerificação. Realidade não pode aceitar ser transformada em quantificação.
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