• Seminário 'Reflexão sobre processo metodológico de alfabetização'
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    Um outro ponto que me parecia também óbvio pra fundar um trabalho de alfabetização é que a alfabetização não importa de criança ou de adultos, como a educação em geral é também um momento cultural, quer dizer, alfabetizar é engajar-se num processo cultural, portanto de experiência e expressão da cultura, mas no momento exato em que você reconhece que não pode trabalhar em alfabetização de adultos deixando de lado, uma coisa sem sentido que é a cultura, no momento que você se convence disso obviamente que você tem que reconhecer o passo imediato de que a cultura está cortada por anseios, gostos, desejos, precisões, no sentido de necessidades de classe, dentro da história, quer dizer então a alfabetização é algo que se dá num certo momento histórico, tempo de uma certa expressão, de uma certa liquidação cultural, quer dizer, há uma imbricação no tempo, da forma cultural de estar sendo dos educadores e dos educandos. E esta forma está cortada tanto pela classe social do educador, pela classe social do educando. E esse movimento vai exigir a compreensão cada vez mais profundamente crítica da implicação dessa relação entre alfabetizar e a cultura e para clarear todas as consequências que isso tem.
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