• Diálogos com Paulo Freire sobre Amílcar Cabral
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    Porque também se ele não tivesse tido essa confiança, ele não teria sido o grande pedagogo revolucionário que ele foi. Porque no fundo claro, Cabral para mim foi um homem que viveu intensamente, o que eu costumo chamar de tensão dramática entre contraditórios. Por exemplo porque ele viveu intensamente a tensão entre vida e morte, porque ele jamais teve medo de morrer, é que ele continua vivo. Quer dizer, ele encarnou essa tensão constante entre a vida e a morte, entre ficar e partir, entre a paciência e a impaciência, e intensamente ele viveu a dramaticidade desta tensão. Só os homens e as mulheres que são capazes de viver/encarnar a dramaticidade da tensão existencial são capazes de ser grandes.
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