• Paulo Freire conversa com americanos em sua casa
    Clique aqui para ouvir o áudio completo.

    A formação dos educadores é contínua e quando falo sobre formação dos educadores eu sou forçado a fazer referência a posição política dos professores, dos educadores. Eles não são apenas os técnicos, eles são políticos e eles tem que ter clara preocupação com isso. Não estou dizendo que eles devem se tornar parte A, parte B ou parte C. Saber o conceito de que enquanto professores nós temos o direito de pertencer a parte A, B ou C, mas nós não temos o direito de impor aos estudantes nossas condições sobre as partes. Mas nós somos políticos, temos sonhos. Eu nunca pergunto questões apenas sobre as técnicas que eles estão utilizando para ensinar ABC, nunca pergunto sobre isso. Eu estou interessado em saber, por exemplo, como eles estão criando materiais para os estudantes, como eles estão utilizando as ruas, por exemplo, como eles estão utilizando as paredes das ruas, porque nós temos muitas possibilidades para usar materiais e as paredes.
  • Darcy Ribeiro e Paulo Freire – Educadores do Brasil
    Clique aqui para assistir ao vídeo completo.

    Tudo o que a gente puder fazez no sentido de convocar os que vivem entorno da escola e dentro da escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na mão também. Tudo que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda considerando o trabalho imenso que se põe diante de nós que é o de assumir esse país democraticamente.
  • Palestra de Paulo Freire no DESED (Banco do Brasil)
    Clique aqui para assistir ao vídeo completo.

    Então, todo um trabalho que uma perspectiva de governo democrático tem que ter num país como o da gente. Já imaginou chegar no Nordeste brasileiro, com uma quantidade extraordinária de professores e professoras leigas. Quer dizer, e que são às vezes menosprezados porque são leigos, na verdade, são ótimos educadores, as vezes. Mas, essa gente precisa toda ela ser refeita, toda ela ser reorganizada. Então o papel das universidades, quer dizer, como trabalhar nas universidades no sentido de que elas se insiram também... veja bem o grande desafio que a gente tem, pra universidade, é o de que ela mantendo a sua o seu anseio em torno da produção do conhecimento científico a formação do profissional, ela tenha, também, um dever de inserir na pobreza e na deficiência da cultura, ou não diria da cultura, das deficiências materiais do país em que elas são universidades. Então isso significava que o Ministério da Educação, por exemplo, teria que não impor, mas teria que tratar de convencer as universidades todas brasileiras para que elas se entregassem também a essa tarefa de formar e reformar a prática pedagógica do país. Quer dizer, porque não meter, porque deixar que as suas faculdades de educação, das diferentes universidades brasileiras, continuem trabalhando apenas na formação de professores de Ensino Médio e da criação de mestrandos e doutorandos, por quê? Minha proposta não era fechar isso, mas minha proposta era alargar a responsabilidade e um dever da universidade com relação ao estado, ao município, formando e reformando o corpo docente em função do desafio nacional.
Parceria:
Desenvolvimento: