• Série Encontro: Paulo Freire
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    Do ponto de vista da compreensão do lado nosso da compreensão que nós temos ou que estamos tendo dos fatos, por exemplo, e tem que ver com os procedimentos que nós usamos para nos aproximar dos fatos e dos objetos no sentido de conhecê-los. Procedimentos que no fundo nos darão mais ou menos rigorosidade ou nos farão mais ou menos rigorosos na aproximação ao objeto, na tomada de distância do objeto e que em função dessa maior ou menor rigorosidade de aproximação ao objeto nos darão maior ou menor exatidão no achado. A nossa ida aos grupos populares e você vê que a gente está usando aqui ida, significa que a gente está fazendo aqui um movimento que vai de fora para dentro, a gente não está lá, a gente não é de lá. Isso tem que ver, exatamente, com posição da classe em que a gente se situa em que a gente nasceu, para mim então a questão fundamental é saber, e aí entra a questão da opção política que eu acho fundamental para compreender a prática do educador é a opção dele ou dela e depois a coerência com esta opção explicitada na sua prática. Portanto, como é que eu sou coerente no momento em que opto pelas classes populares e marcho até lá, como é que eu busco ser coerente já no ato de marchar até lá, quer dizer, como é que a minha marcha até lá já tem que ser uma marcha não de quem invade, mas de quem pretende companheirar-se de quem pretende virar companheiro. Quer dizer, minha viagem até lá tem que ser coerente com a minha opção que me fez viajar até lá. Por isso mesmo eu não posso invadir a área a que essa viagem me leva.
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