• Paulo Freire conversa com americanos (vídeo 2)
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    “Nós temos dentro de nossas casas a mulher pobre que vem da periferia para cozinhar para nós. Todo dia a periferia de São Paulo vem para dentro da minha casa. Se eu não vejo essa contradição é porque eu não quero ver, mas a tenho dentro de casa. Aqui, claro que, aqui nós temos as contradições, algumas muito visíveis, como a violência racial aqui. É absurdo, mas uma das tarefas que o educador tem em sociedades como essas, não exclusivamente a sua, é ainda mais difícil, pois em ruas como essas você não vê quase nada, [RISOS] tudo é escondido. Então uma de suas tarefas é de descobrir o que são essas coisas escondidas, de como ir de rua em rua [e não digo rua literalmente, mas metaforicamente], passo a passo até dizer ‘uhu, aqui está a contradição’, isso é algo que vocês tem de aprender a fazer.”
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