• Encontros com Paulo Freire
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    Uma das coisas que, as vezes, os militantes políticos se esquecem e os educadores autoritários sempre, é que o seu aqui e o seu agora são quase sempre o amanhã e o lá do educando. E o educador tem que partir não é do seu aqui e do seu agora, é do aqui e do agora da massa para vir com ela, não para o aqui do educador, mas para um ali também. O que eu quero deixar claro é que a postura elitista recusa definitivamente o aqui dos outros, desdenha e considera como coisa degenerada. Quer dizer, o saber popular é uma degenerência, a postura basista renega a teoria e considera que toda teoria atrapalha a prática. A postura basista, então, hipertrofia o valor que existe na sabedoria popular. A minha postura considera que é absolutamente indispensável o saber teórico, mas considera que não é possível desdenhar e desprezar a sabedoria popular. Mas admite e reconhece que seria uma idealização, por exemplo, da sabedoria popular você pretender que a massa popular fica só nela, enquanto os intelectuais pudessem entender Marx e Hegel e outras coisas. E a massa popular nada, porque o que ela tem que fazer é trabalhar mesmo.
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