• Entrevista com Paulo Freire em sua casa (Vídeo 1 e 2)
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    O processo de definir, de como ler, de como escrever palavras estivesse inserido no processo de leitura da realidade, quer dizer, a mim não interessava de maneira nenhuma que o alfabetizando dominasse rapidamente os processos de ler, de escrever, mas não fizesse nenhuma reflexão sobre a própria prática de ler e de escrever. Quer dizer, o que interessava a mim era o que sempre venho dizendo era pôr em relação muito íntima a leitura do mundo e a leitura da palavra, tanto a compreensão em torno de como a sociedade mesma trabalha, funciona a questão política, a organização do poder na sociedade ao mesmo tempo em que o alfabetizando fosse capaz de ir dominando as técnicas de leitura e da escrita. Para mim desde aquela época fazer qualquer tipo de separação entre uma e outra dessas duas leituras a leitura da palavra e a leitura do mundo era/poderia ser cientificamente errado e politicamente, do meu ponto de vista, errado. Obviamente que quando eu digo do meu ponto de vista é que do ponto de vista de educador reacionário o bom é dicotomizar a leitura da palavra e a leitura do mundo.
  • Depoimento de Paulo Freire
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    Quando eu falo na competência científica, eu estou também querendo me referir ao fato de que a questão que se coloca ao ano internacional da alfabetização, não é apenas a da leitura da palavra, mas também é a da releitura do mundo. Quer dizer que quando eu digo releitura do mundo, é porque eu estou convencido dessa coisa óbvia, de que o ser humano é um ser que antes de ler a palavra, ler lê o mundo, lê a realidade. Então, durante a prática da alfabetização o que é preciso se fazer é ao ensinar a ler a palavra escrita, debater com o alfabetizando a leitura que ele fazia antes já do seu mundo, o que vale dizer é que ao proporcionar a ele a oportunidade de uma releitura do mundo, através da leitura da palavra, isso é absolutamente indispensável.
  • Do Silêncio à Palavra (vídeo 1 e 2)
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    E a Leitura do Mundo é uma leitura que precede historicamente e atualmente, precede sempre a leitura da palavra. Quer dizer, ninguém começa lendo a palavra, porque antes da palavra o que a gente tem pra ler, a disposição da gente é o mundo, e a gente ler o mundo na medida em que a gente o compreende e o interpreta.
  • Encontro com Paulo Freire no Ginásio Tesourinha em Porto Alegre
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    Ninguém pode fazer a leitura da palavra sem fazer a leitura do mundo, no entanto, é possível ler o mundo sem ler a palavra. A primeira coisa que nós fazemos mulheres e homens é ler o mundo e depois a partir da invenção da linguagem que é uma produção social, nós então aprendemos a ler aquilo que é a linguagem escrita, aprendemos a ler e a escrever.
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