• Darcy Ribeiro e Paulo Freire – Educadores do Brasil
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    Eu morreria feliz se eu visse o Brasil cheio em seu tempo histórico de marchas, de marcha dos que não tem escola, marcha dos reprovados, marcha dos que querem amar e não podem, marcha dos que se recusam a uma obediência servil, marcha dos que se rebelam, marcha dos que querem ser e são proibidos de ser. Eu acho que afinal de contas as marchas são andarilhagens históricas pelo mundo. Por exemplo eu lamento que tristemente que Darcy Ribeiro já não possa saber, já não possa estar vendo e sentindo e vendo uma marcha como essa. Como eu acredito em Deus, eu agradeço muito a Deus por estar vivo e poder ver e saber que os sem terras luta contra uma vontade reacionária e histórica implantada nesse país. E meu apelo quando eu termino tua primeira pergunta meu desejo, meu sonho como eu disse antes é que outras marchas se instale nesse país, por exemplo, a marcha pela decência, marcha pela superação da sem-vergonhice que se democratizou terrivelmente nesse país. Quer dizer, eu acho que essas marcham nos afirmam como gente, como sociedade, querendo se democratizar.
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    Diálogo com Paulo Freire
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    A deterioração ética que nós temos experimentado na sucessão de escândalos no país, a impunidade no país, a sem-vergonhice que se democratiza no país, que tudo isso cria/gera certa atitude de descrença, o que será pior, pode se estender até a uma posição de cinismo também diante do mundo em que a gente diz: puxa eu já fiz alguma coisa, cabe agora as gerações mais novas. E quando a deterioração ética cresce muito e você ouve de uma geração de dezoito anos que já fez muita coisa e que a outra geração que faça, então, está tudo acabado. Porque o importante, o fundamental é que a gente chegue, é que a gente lute para chegar a idade pós-moderna continuando na briga. Quer dizer, eu me recuso a fazer o discurso de que as gerações mais novas agora que façam; eu continuo com o dever de fazer e continuo lutando. Mas te digo para terminar a resposta para tua pergunta, implica em nós cada vez mais um conhecimento mais rigoroso das razões do desânimo de um lado e do outro, implica a prática ou a participação crítica na prática política. É essa que pode, no meu entender, pelo menos no meu caso é assim, ajudar, que nós como educadoras e como educadores continuemos apostando na necessidade de trabalhar seriamente apesar de tudo.
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