• Paulo Freire conversa com Patrick Clarke
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    Quando nós à custa de nosso esforço de nossa luta, de nossa esperança, conseguimos cortar os arames do latifúndio, e entramos fisicamente na terra que era propriedade exclusiva dos ricos, nós descobrimos que havia muito ainda que caminhar, porque descobrimos que haviam obstáculos em nós mesmos. E esses obstáculos, dentre eles, por exemplo, o da nossa ignorância, quanto mais ignorantes, quanto menos pudéssemos ler a palavra tanto mais facilmente os donos da vida podiam dormir em paz. Pelo contrário, quanto mais melhorassemos nossa memória, eu achei lindo isso, porque o uso da memória e a palavra memória como capacidade captadora da realidade, como inteligência, quanto melhor trabalhássemos nossa memória, quanto mais pudéssemos ler as palavras, tanto mais medo criaríamos nos poderosos. Por isso o nosso sonho agora é transformar este enorme ex-latifúndio num grande círculo de cultura.
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