• A Ética na Educação
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    Falando concomitantemente, intervindo no mundo nós fomos nos tornando capazes de nomear o mundo ou nomear as coisas que fizemos com o mundo e, ao lado disso, nos tornamos capazes de, em nossas relações com o mundo, eu falo agora em questões de milênios, afinal nós não somos de anteontem, foi possível ao homem e a mulher desenvolver uma outra competência, que eu acho fantástica, que é a competência de inteligir o mundo, de inteligir a realidade. Quer dizer, nós somos capazes de compreender o mundo que nos cerca e em que nós estamos, não importa compreender bem ou mal, compreender erradamente, compreender com certo acerto, compreender deficientemente, não importa. Mas nós nos tornamos capazes de uma compreensão do mundo, de uma compreensão da realidade que pode ser uma compreensão ingênua como pode ser uma compreensão crítica, uma compreensão fundada apenas no senso comum, uma compreensão fundada na rigorosidade científica, não importa. O que importa é que centralmente nós nos tornamos capazes de inteligir o mundo e precisamente porque nos tornamos capazes de inteligir o mundo, de compreender o mundo, nós produzimos simultaneamente, com a capacidade de inteligir o mundo, a capacidade de comunicar o inteligido. Quer dizer, não há inteligência do mundo sem comunicabilidade do inteligido. O homem e a mulher, somos além de seres inconclusos e conscientes da inconclusão históricos, nós somos seres inteligentes e comunicadores da compreensão inteligente que fazemos da realidade. Quer dizer, não há então inteligibilidade sem comunicabilidade.
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