• Palestra de Paulo Freire no Banco Central
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    A mim não me convencem quererem me impingir que a globalização é um fenômeno natural. Porque no momento em que você multiplica a ideia fatalista da globalização quando você diz a realidade é essa mesma você está naturalizando um fenômeno histórico-social. Olhe, o fenômeno da globalização é histórico e é social e não natural. Segundo, a globalização é fenômeno histórico e social e não natural ela é um momento do desenvolvimento econômico capitalista ela é um dos momentos, talvez o mais atual do desenvolvimento da economia capitalista. Não é necessariamente do desenvolvimento da economia no mundo, mas é do desenvolvimento da economia capitalista. E essas coisas não se dizem. Terceiro, porque é um momento da economia capitalista as sociedades que lideram hoje não se comportaram, necessariamente, diante da globalização antes dela existir. Então antes dela existir as lideranças dessas sociedades hoje globalizantes eram muito mais exigentes para defender suas economias do que querem que hoje que estão entrando na globalização se defendam. Quer dizer, nós temos que nos comportar aqui na Argentina, no México como Japão como Estados Unidos, mas não pode. Eu acho que não pode, entende. Quer dizer, por outro lado, por causa disso tudo querem passar a globalização como ela fosse uma categoria metafísica, abstrata, intocável. É porque é, é e não pode deixar de ser assim.
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